VIDA ETERNA OU O JEITINHO PARA A MORTE?



Valci Melo
13 e 16 nov. 2013

Dos mistérios que envolvem a existência
Há um deles que ganha resplendor,
Que angustia, conforta ou causa dor,
Dependendo da nossa consciência.

Há um ditado de ordem popular
Que defende pra tudo haver um jeito,
Sendo a morte o único defeito
Impossível de se remediar.

Mas na arte de um jeitinho dar
Os humanos cresceram por demais.
E a morte pra muitos não é mais
Companheira do verbo acabar.

A matéria tende a se desgastar
E um dia qualquer, sim, terá fim.
Mas a alma buscará seu jardim,
Seu castigo, descanso ou seu penar.

E é assim que “buscamos” enfrentar
A ideia de um “fim”; de um “nunca mais”.
Mas é a mente que nega um “jamais”
Ou a vida se dando a revelar?

O que é não consigo explicar.
Pode ser invenção, descobrimento...
O que sei é que a dor e o sofrimento
Buscam forma de se atenuar.

Também sei que a morte desse jeito
É uma ponte que faz a condução,
Competindo a ela a transição
Entre o mundo real e o perfeito.

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