Ano político ou político-eleitoral?


Este ano, como é comum nos anos de campanha eleitoral, o assunto "política" é discutido com bastante intensidade. Aqui, buscaremos analisar como essa temática é tratada popularmente no intuito de corrigir alguns equívocos e ajudar a conhecer melhor a estrutura que, querendo ou não, afeta a vida de toda a municipalidade.

E para iniciar os trabalhos, conversaremos um pouco acerca da diferença entre Ano Político e Ano Político-eleitoral.

É corriqueiro ouvirmos em todo e qualquer espaço e momento que 2012 é ano político e que, por sua vez, as coisas no âmbito do serviço público se tornam mais fáceis: quem já exerce cargo público, no Executivo ou Legislativo, estará mais próximo da população e, quem anseia por estar lá, fará semelhante.

Isto, por sua vez, não só é ridículo, como também é, infelizmente, em parte, realidade. Em parte porque, primeiro, não se trata de um ano exclusivamente político - como dizem -, mas de um ano de debates, propostas e disputas eleitorais. E isto não é a totalidade do fenômeno político, mas, apenas, um aspecto da dimensão público-governamental deste. Daí não se tratar de um ano político, mas político-eleitoral. 

Por outro lado, o fato de ser um ano político-eleitoral, não significa que tenha que ser como acima descrevemos. Trata-se de momento oportuno para colocar em dias os debates acerca da vida municipal, analisando se os que outrora foram eleitos cumpriram o combinado  e merecem mais um voto de confiança, bem como, quais candidatos têm realmente boas e viáveis propostas para o município e competência de colocá-las em prática, caso sejam eleitos.

Assim sendo, cabe-nos não apenas compreender a diferença entre uma nomenclatura e outra, mas, sobretudo, aproveitar a oportunidade para discutir e avaliar coletivamente se os que se propõem para nos representar na esfera público-governamental a partir deste ano têm, realmente, competência técnica e compromisso político para tal. 

Um comentário:

Sebastian de Souza disse...

Valeu pela matéria.
Não só os Ruipalmerenses, mas, todo taperense deveria ler.
Se é que essa liberdade não for comprada também.